Antes disso tive alguns pequenos trabalhos, mas eram informais e esporádicos demais para serem considerados uma renda.

Arrumei um emprego na Motorola. Era um ótimo emprego. Eu recebia 630 reais por mês.

Saí de lá para ir para outra grande multinacional : Eaton. Já estava no segundo ano da faculdade e trabalhava com o que amava: eletricidade.

Depois de 1 ano, arrumei um estágio na área de engenharia na General Electric, onde atuei por 2 anos.

Aí você pode me perguntar: “Mas você é uma promessa. Só emprego bom em empresa boa. Você já tinha futuro promissor”.

Foi depois de tudo isso que entendi o sentido da palavra DESEMPREGO.

Recém-formado e desempregado, decidi abrir um escritório de projetos elétricos.

Fechei o escritório e abri uma empresa de delivery. Fechei a empresa de delivery.

Nessa altura eu já me sentia péssimo, sem emprego estável, quase sem renda e no fundo do poço. A autoestima não existia. Eu literalmente não sabia o que fazer da vida.

Apesar do momento ruim, eu me casei (sim, ela é bem corajosa). E em 2015, durante as festas do final de ano eu me lembrei das frases de papai sempre me incentivando a prestar concursos públicos.

No dia primeiro de janeiro de 2016 eu comecei meus estudos para passar em um concurso público.

Ao longo do ano de 2016 eu prestei 21 provas de concurso. Você não leu errado. Eu vou repetir: Eu prestei (quase) 2 provas por mês durante um ano inteiro.

E você consegue imaginar os resultados da maioria dessas provas? Foi reprovação atrás de reprovação. Era a vida me mostrando que ela não é nada fácil.

Eu tive tanta reprovação, que eu realmente fiquei bom nisso. Nada mais me abalava. A cada resultado negativo, eu me tornava mais forte e mais sábio.

Até que eu recebi o primeiro resultado positivo: 4º lugar no IBGE na cidade de Campinas.

Logo depois de mais algumas aprovações eu recebi outro bom resultado: 1º lugar na Câmara de uma pequena cidade do interior de SP.

Até que recebi a incrível notícia da 18ª colocação no concurso da SANASA, empresa responsável pelo saneamento em Campinas.

Eram 12.300 candidatos concorrendo a poucas vagas para Assistente Administrativo, e eu consegui uma delas. Hoje ainda trabalho lá.

Foi aí que eu percebi como funciona o relação entre estudos e aprovação.